terça-feira, 10 de novembro de 2009

Grupo Fuxico de Contadores de Histórias de Xapuri


O Grupo Fuxico de Contadores de Histórias de Xapuri existe desde 2007 e mescla teatro, responsabilidade ambiental, história, pesquisa cultural, ideiais de Chico Mendes, contação de histórias e muita animação.
Resultado de uma pesquisa com pessoas idosas que levam consigo, ao morrer, uma parte da história da Amazônia (e, evidentemente, de Xapuri), o Grupo realiza o que chamam de 'empate cultural'.
São baseados nos ideais de Chico Mendes e seu empate que defendia uma vida melhor para os povos da floresta, a fauna, a flora, não deixando que acabassem com o cenário que se conhece para transformar em pasto.
O Grupo atua diretamente com comunidades rurais, escolas das redes municipal e estadual de Xapuri, creche, Museu do Xapury, Museu Casa Branca, grupos de teatro do município além de realizarem oficinas direcionadas a pessoas de todas as faixas etárias - o objetivo das oficinas é transformar as pessoas em multiplicadoras da arte teatral e contação de histórias e resgatadoras dos contos que povoam o imaginário amazônico.
O projeto Contos & Recontos de Xapuri foi aprovado pela Lei estadual de Incentivo à Cultura e permite que o Grupo Fuxico continue com importante trabalho.
O Grupo é composto por 6 pessoas:
*Jociclei Almeida;
*Clenes Alves;
*Clemilsa Alves;
*Michelle Telles;
*Alder Járede;
*Manoel Júnior.
Já apresentaram em diversos lugares de Xapuri - incluindo comunidades rurais que participaram da pesquisa - Plácido de Castro, Brasiléia, Epitaciolândia, Cobija e Porto Evo Moralez (ambas na Bolívia) e já foram vistos por mais de 6 mil pessoas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sobre o Concurso dos Correios

Quem estava na espectativa de concorrer ao concurso dos correios tomou um susto ontem. Acontece que o edital estava previsto sair no dia 03/11 - conforme divulgado no site da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.


Até as primeiras horas do dia 03/11 ainda estava lá a informação. Pela manhã o site saiu do ar por algumas horas e quando voltou... as informações sobre o concurso nem estavam mais lá.


O que aconteceu?


O concurso foi adiado! - Alguns sites até publicaram que foi cancelado, mas os Correios alegam que o edital apresentava irregularidades e precisava ser ajustado.


A previsão é que saia nos próximos dias.

domingo, 20 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Com quem Maya ficará???

Já imaginou se o final da novela realmente termina assim? isso sim seria um final verdadeiramente surpreendente...
Mas, como ainda Glória Perez não quer escandalizar o público brasileiro (rs) podemos esclarecer a polêmica foto acima: essa foto foi divulgada no site da Juliana Paes e é resultado de uma brincadeira quando eram clicados para a capa do cd da novela Caminho das Índias.

domingo, 6 de setembro de 2009

Magia do Amor





Amarras da Paixão










Assitindo Caras & Bocas

Uma das poucas novelas que ainda assisto se chama Caras & Bocas, a dita novela das 7 da Rede Globo, que é basicamente um conto de fadas moderno, destinada a todos os públicos, de todas as idades.
Dafne e Gabriel, os personagens principais, passam anos longe um do outro e acabam se reencontrando, fazendo as pazes e retomando seu amor – Gabriel é pobre e Dafne é acostumada com riqueza, mas vai até fazer pastel em um bar por amor.
Os temas de Caras & Bocas são: tráfico de animais – tem um macaco no elenco -, preconceito – racial, com deficientes visuais, homofobia -, câncer de mama, a cultura dos judeus e o mercado contemporâneo de artes plásticas no Brasil.
Muitos dos temas que são abordados por Walcyr Carrasco em sua novela são carreados de valores sociais, culturais, éticos e que estimulam as pessoas a pensar sobre tais focos – mesmo que de forma superficial, como em toda novela.
O fato que ainda está sendo delineado é a forma como é colocado o homossexual na novela – alguém que pode ser hétero, como se tudo dependesse de uma escolha (fato que o autor vai ter trabalho em moldar para não ser taxado de preconceituoso). Além do personagem ser estereotipado, mas cativante. Assim como o ator negro e injustiçado que reflete o real tratamento do negro nos dias de hoje.
Todos os personagens se vestem de acordo com sua posição social e econômica, mas esbanjam nas produções.
As propagandas que passam no intervalo são os mais direcionados ao público feminino: produtos de beleza, por exemplo; e para o público masculino: automóveis, destinados ao público que assiste à novela.
A novela pode influenciar o comportamento das pessoas na maneira de vestir e falar – alguns dizeres como “É a treva”, “misericórdia!”, “To rosa chiclete”, já podem ser notados nas ruas.
De todo modo, é uma novela light, sem grandes impactos negativos que faz bem ao cenário televisivo brasileiro.
Se pudesse reescrevê-la tiraria apenas aquelas cenas horríveis em que há um amontoado de gente brigando, gritando, em tomadas de cerca de 15 pessoas do elenco, que somente tumultuam os capítulos.

Foto: Montagem de Clenes Alves com as de divulgação da Rede Globo

O Show de Truman


O filme O Show de Truman traz como enredo a história de Truman Burbank, que vende seguros, tendo sua vida inteira vigiada por milhares de câmeras, 24 horas por dia, desde o seu nascimento.

Os telespectadores que o assistem se emocionam, riem e choram com a vida pacata e ao mesmo tempo manipulada de Truman, que vive em um reality show transmitido ao mundo todo.

No filme há dois grandes focos: a vida manipulada de Truman e os telespectadores que assistem e torcem por ele.

O filme conta com diversos personagens que foram plantados na vida de Truman: sua esposa, sua mãe a até seu pai que havia “morrido” reaparece novamente ao final, para melhorar ainda mais a audiência.

Todos são atores que tentam de todo modo convencer Truman de que sua vida é real.

Mas aparece Sylvia para dar um basta na situação – ou pelo menos dar início ao plantio de uma dúvida na cabeça do personagem principal, que começa a perceber que está sendo manipulado.

Uma pena apenas o filme acabar no momento em que ele sai do mundinho fechado – fica na cabeça do telespectador – dessa vez nós – a infinidade de novidades e “verdades” que ele vai enfrentar.

A mídia aparece no filme como peça fundamental de manipulação de massa por uma minoria dominante – mas que somente domina porque tem gente que assiste, dá audiência. E para conseguir a tal audiência vale tudo, até mesmo adotar uma criança para explorar a sua vida.

Esse fato está ficando cada vez mais presente na vida das pessoas, que passaram a assistir diversos programas ditos de ‘realidade’, dando início a uma série de criações – deixando no ar a idéia de que não estamos longe de um reality show monstruoso a esse ponto.

A minha impressão sobre a história é o temor de que a vida imite a arte e que o filme seja uma previsão dos monstruosos programas que teremos no futuro, tudo em busca de mais audiência, mais manipulação e, consequentemente, mais lucros nas mão de poucos representantes de tal sistema capitalista.


Foto: Divulgação

domingo, 23 de agosto de 2009

De olho: Programa CQC

Passando a assistir alguns programas de humor que passam na televisão brasileira nos dias de hoje, resolvi analisar o programa Custe o que Custar – ou simplesmente CQC, destinado ao público acima de 14 anos, mas assistido por todas as idades.
O CQC faz parte da programação da emissora Bandeirantes (Band), e é uma versão de um programa argentino. Passou a ser exibido no Brasil em 2008 e tem três apresentadores – além de outros repórteres, todos vestidos de terno preto e óculos escuros. A idéia seria fazer um jornal com humor.
É um programa destinado ao povo brasileiro, de todas as idades, sexos, profissões.
O que vale ressaltar no CQC é que ele brinca com assuntos internacionais e nacionais, fazem ‘chacota’ com os políticos – inclusive tem a incrível tarefa de entrevistar grandes nomes da política brasileira fazendo as perguntas que todo mundo gostaria de fazer (pilantragens, mensalão, dinheiro na cueca, etc.) – fazendo o público refletir e vibrar.
Os entrevistados são os mais diversos – artistas, músicos, anônimos – e tem a intenção de brincar, deixar na saia-justa.
O CQC peca quando se apropria do humor esculachado e do apelo a estereótipos, além de piadas preconceituosas, que agradam mas não levam a uma evolução de pensamento contemporâneo.
As propagandas que são veiculadas, nos intervalos e dentro do próprio programa são de refrigerantes, cervejas, carros, e são destinadas a essa diversidade de público – muitos dos comerciais são personalizados por eles próprios, encaixando dentro do programa.
Tudo que passa no programa vira referência nas rodas de conversas em diversos locais e camadas sociais.
Se pudesse fazer parte da equipe de criação do programa permaneceria com o questionamento com os políticos mas eliminaria o humor chulo e de baixo escalão de alguns quadros.

Filmes: O Quarto Poder & Muito Além do Cidadão Kane

O filme O Quarto Poder conta com a direção de Costa Gravas, e nos traz a história de um repórter sensacionalista Max Brackett (Dustin Hoffman) e de um guarda em processo de desemprego Sam Baily (John Travolta). Ao tentar recuperar seu emprego Sam vai armado e acaba colocando várias crianças como reféns. Max, que tinha sido escalado para cobrir uma história sobre falta de pagamentos no museu onde Sam trabalhava, se aproveita da situação e, ao ouvir o acontecimento de dentro do banheiro disca para sua emissora e entra ao vivo, distorcendo a história.
Ao ser descoberto tenta negociar, diz que vai limpar a imagem dele, transformá-lo em herói. O fato chama a intenção de toda a imprensa e vira um escândalo internacional.
É incrível ver no filme o papel da imprensa na construção de heróis e bandidos, manipulando a vida das pessoas como se fosse Deus – fato que é muito presente na vida cotidiana dos cidadãos de qualquer país.
Uma comparação mais real é o documentário ‘Muito além do cidadão Kane”, de Simon Hartog, que retrata o papel da imprensa brasileira, trazendo para mais próximo a problemática.
O foco do documentário é Roberto Marinho, já falecido, como possuidor de grande poder nos meios de comunicação – leia-se aqui: Rede Globo – que estaria disposto a fazer qualquer coisa para ter audiência.
Como audiência também é sinônimo de dinheiro, então não estão preocupados se estão negociando ilegalmente com empresas estrangeiras, apoiando governos em troca de favores, criando deuses e monstros.
O documentário também coloca a apresentadora Xuxa como instrumento de manipulação das mentes das crianças – citando a música “Todo mundo tá feliz”, maquia o mundo desastroso que se encontra nesse país.
O que vale ressaltar nesses dois filmes é que se alguém assistir e começar a refletir tendo como ponto de partida os acontecimentos brasileiros, possivelmente conseguirá enxergar não apenas essa podridão mas muitas outras que só deturpam a mente dos telespectadores do mundo todo.
Fatos que somente se perpetuam porque tem audiência, ou seja, tem público que assiste, que gera dinheiro.
Mudar consciências: esse é o primeiro passo para a construção de um mundo menos manipulado!