Passando a assistir alguns programas de humor que passam na televisão brasileira nos dias de hoje, resolvi analisar o programa Custe o que Custar – ou simplesmente CQC, destinado ao público acima de 14 anos, mas assistido por todas as idades.
O CQC faz parte da programação da emissora Bandeirantes (Band), e é uma versão de um programa argentino. Passou a ser exibido no Brasil em 2008 e tem três apresentadores – além de outros repórteres, todos vestidos de terno preto e óculos escuros. A idéia seria fazer um jornal com humor.
É um programa destinado ao povo brasileiro, de todas as idades, sexos, profissões.
O que vale ressaltar no CQC é que ele brinca com assuntos internacionais e nacionais, fazem ‘chacota’ com os políticos – inclusive tem a incrível tarefa de entrevistar grandes nomes da política brasileira fazendo as perguntas que todo mundo gostaria de fazer (pilantragens, mensalão, dinheiro na cueca, etc.) – fazendo o público refletir e vibrar.
Os entrevistados são os mais diversos – artistas, músicos, anônimos – e tem a intenção de brincar, deixar na saia-justa.
O CQC peca quando se apropria do humor esculachado e do apelo a estereótipos, além de piadas preconceituosas, que agradam mas não levam a uma evolução de pensamento contemporâneo.
As propagandas que são veiculadas, nos intervalos e dentro do próprio programa são de refrigerantes, cervejas, carros, e são destinadas a essa diversidade de público – muitos dos comerciais são personalizados por eles próprios, encaixando dentro do programa.
Tudo que passa no programa vira referência nas rodas de conversas em diversos locais e camadas sociais.
Se pudesse fazer parte da equipe de criação do programa permaneceria com o questionamento com os políticos mas eliminaria o humor chulo e de baixo escalão de alguns quadros.
domingo, 23 de agosto de 2009
Filmes: O Quarto Poder & Muito Além do Cidadão Kane
O filme O Quarto Poder conta com a direção de Costa Gravas, e nos traz a história de um repórter sensacionalista Max Brackett (Dustin Hoffman) e de um guarda em processo de desemprego Sam Baily (John Travolta). Ao tentar recuperar seu emprego Sam vai armado e acaba colocando várias crianças como reféns. Max, que tinha sido escalado para cobrir uma história sobre falta de pagamentos no museu onde Sam trabalhava, se aproveita da situação e, ao ouvir o acontecimento de dentro do banheiro disca para sua emissora e entra ao vivo, distorcendo a história.
Ao ser descoberto tenta negociar, diz que vai limpar a imagem dele, transformá-lo em herói. O fato chama a intenção de toda a imprensa e vira um escândalo internacional.
É incrível ver no filme o papel da imprensa na construção de heróis e bandidos, manipulando a vida das pessoas como se fosse Deus – fato que é muito presente na vida cotidiana dos cidadãos de qualquer país.
Uma comparação mais real é o documentário ‘Muito além do cidadão Kane”, de Simon Hartog, que retrata o papel da imprensa brasileira, trazendo para mais próximo a problemática.
O foco do documentário é Roberto Marinho, já falecido, como possuidor de grande poder nos meios de comunicação – leia-se aqui: Rede Globo – que estaria disposto a fazer qualquer coisa para ter audiência.
Como audiência também é sinônimo de dinheiro, então não estão preocupados se estão negociando ilegalmente com empresas estrangeiras, apoiando governos em troca de favores, criando deuses e monstros.
O documentário também coloca a apresentadora Xuxa como instrumento de manipulação das mentes das crianças – citando a música “Todo mundo tá feliz”, maquia o mundo desastroso que se encontra nesse país.
O que vale ressaltar nesses dois filmes é que se alguém assistir e começar a refletir tendo como ponto de partida os acontecimentos brasileiros, possivelmente conseguirá enxergar não apenas essa podridão mas muitas outras que só deturpam a mente dos telespectadores do mundo todo.
Fatos que somente se perpetuam porque tem audiência, ou seja, tem público que assiste, que gera dinheiro.
Mudar consciências: esse é o primeiro passo para a construção de um mundo menos manipulado!
Ao ser descoberto tenta negociar, diz que vai limpar a imagem dele, transformá-lo em herói. O fato chama a intenção de toda a imprensa e vira um escândalo internacional.
É incrível ver no filme o papel da imprensa na construção de heróis e bandidos, manipulando a vida das pessoas como se fosse Deus – fato que é muito presente na vida cotidiana dos cidadãos de qualquer país.
Uma comparação mais real é o documentário ‘Muito além do cidadão Kane”, de Simon Hartog, que retrata o papel da imprensa brasileira, trazendo para mais próximo a problemática.
O foco do documentário é Roberto Marinho, já falecido, como possuidor de grande poder nos meios de comunicação – leia-se aqui: Rede Globo – que estaria disposto a fazer qualquer coisa para ter audiência.
Como audiência também é sinônimo de dinheiro, então não estão preocupados se estão negociando ilegalmente com empresas estrangeiras, apoiando governos em troca de favores, criando deuses e monstros.
O documentário também coloca a apresentadora Xuxa como instrumento de manipulação das mentes das crianças – citando a música “Todo mundo tá feliz”, maquia o mundo desastroso que se encontra nesse país.
O que vale ressaltar nesses dois filmes é que se alguém assistir e começar a refletir tendo como ponto de partida os acontecimentos brasileiros, possivelmente conseguirá enxergar não apenas essa podridão mas muitas outras que só deturpam a mente dos telespectadores do mundo todo.
Fatos que somente se perpetuam porque tem audiência, ou seja, tem público que assiste, que gera dinheiro.
Mudar consciências: esse é o primeiro passo para a construção de um mundo menos manipulado!
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