quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Empates: Espetáculo da Cia Kawsay, de Araguatins

A Companhia de Dança e Arte Tradicional Kawsay, fundada em 15 de junho de 2018, emerge como uma teia criativa entrelaçando concepções artísticas, estéticas, culturais, patrimoniais e sociais. Seu principal propósito reside na valorização, divulgação e defesa da dança, encenação e música de projeção popular, bem como na expressão folclórica e nas visualidades da cultura amazônica, especialmente em Tocantins. Estes elementos, presentes em diversos contextos, são fundamentais para a formação identitária de seus espetáculos e para o enriquecimento artístico e cultural de seus integrantes.

Esta coletividade artística se considera um conjunto de talentos que, nos palcos, apresenta coreografias e músicas contemporâneas e tradicionais, celebrando e difundindo patrimônios imateriais intimamente conectados com os saberes amazônicos locais da cidade de Araguatins e do estado do Tocantins, assim como de outras regiões do Brasil. As manifestações artísticas de inspiração tradicional e contemporânea são abordadas nas temáticas cuidadosamente estudadas e exploradas pela Cia. Kawsay.

O mais recente espetáculo, intitulado "Empate," estreou nos palcos de Araguatins em 08 de janeiro de 2023. Esta obra destaca-se por incorporar elementos da riqueza cultural dos povos das florestas, centrando-se na narrativa da luta dos moradores das matas. Estes indivíduos, valendo-se de seus próprios corpos, enfrentaram fazendeiros fortemente armados para impedir o desmatamento. O coro ecoava nas apresentações: "Vamos empatar! Vamos Empatar!".

No palco, as artistas  (Evelly Souza, Gleice Kelly, Jordana Silva e direção e sonoplastia de Gilglei Souza) encenam "Empate", uma produção que transcende as fronteiras do ordinário. Este espetáculo oferece uma experiência única, envolvendo o público numa narrativa envolvente que destaca a coragem e determinação daqueles que, por meio da dança e da arte, resistiram em defesa das florestas. É, sem dúvida, uma obra que vale a pena ser testemunhada, um tributo apaixonado à riqueza e resistência das comunidades amazônicas.

As apresentações continuam uma vez a cada 15 dias no auditório da Biblioteca Mangangá.

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