domingo, 20 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Com quem Maya ficará???
domingo, 6 de setembro de 2009
Assitindo Caras & Bocas
Dafne e Gabriel, os personagens principais, passam anos longe um do outro e acabam se reencontrando, fazendo as pazes e retomando seu amor – Gabriel é pobre e Dafne é acostumada com riqueza, mas vai até fazer pastel em um bar por amor.
Os temas de Caras & Bocas são: tráfico de animais – tem um macaco no elenco -, preconceito – racial, com deficientes visuais, homofobia -, câncer de mama, a cultura dos judeus e o mercado contemporâneo de artes plásticas no Brasil.
Muitos dos temas que são abordados por Walcyr Carrasco em sua novela são carreados de valores sociais, culturais, éticos e que estimulam as pessoas a pensar sobre tais focos – mesmo que de forma superficial, como em toda novela.
O fato que ainda está sendo delineado é a forma como é colocado o homossexual na novela – alguém que pode ser hétero, como se tudo dependesse de uma escolha (fato que o autor vai ter trabalho em moldar para não ser taxado de preconceituoso). Além do personagem ser estereotipado, mas cativante. Assim como o ator negro e injustiçado que reflete o real tratamento do negro nos dias de hoje.
Todos os personagens se vestem de acordo com sua posição social e econômica, mas esbanjam nas produções.
As propagandas que passam no intervalo são os mais direcionados ao público feminino: produtos de beleza, por exemplo; e para o público masculino: automóveis, destinados ao público que assiste à novela.
A novela pode influenciar o comportamento das pessoas na maneira de vestir e falar – alguns dizeres como “É a treva”, “misericórdia!”, “To rosa chiclete”, já podem ser notados nas ruas.
De todo modo, é uma novela light, sem grandes impactos negativos que faz bem ao cenário televisivo brasileiro.
Se pudesse reescrevê-la tiraria apenas aquelas cenas horríveis em que há um amontoado de gente brigando, gritando, em tomadas de cerca de 15 pessoas do elenco, que somente tumultuam os capítulos.
Foto: Montagem de Clenes Alves com as de divulgação da Rede Globo
O Show de Truman
O filme O Show de Truman traz como enredo a história de Truman Burbank, que vende seguros, tendo sua vida inteira vigiada por milhares de câmeras, 24 horas por dia, desde o seu nascimento.
Os telespectadores que o assistem se emocionam, riem e choram com a vida pacata e ao mesmo tempo manipulada de Truman, que vive em um reality show transmitido ao mundo todo.
No filme há dois grandes focos: a vida manipulada de Truman e os telespectadores que assistem e torcem por ele.
O filme conta com diversos personagens que foram plantados na vida de Truman: sua esposa, sua mãe a até seu pai que havia “morrido” reaparece novamente ao final, para melhorar ainda mais a audiência.
Todos são atores que tentam de todo modo convencer Truman de que sua vida é real.
Mas aparece Sylvia para dar um basta na situação – ou pelo menos dar início ao plantio de uma dúvida na cabeça do personagem principal, que começa a perceber que está sendo manipulado.
Uma pena apenas o filme acabar no momento em que ele sai do mundinho fechado – fica na cabeça do telespectador – dessa vez nós – a infinidade de novidades e “verdades” que ele vai enfrentar.
A mídia aparece no filme como peça fundamental de manipulação de massa por uma minoria dominante – mas que somente domina porque tem gente que assiste, dá audiência. E para conseguir a tal audiência vale tudo, até mesmo adotar uma criança para explorar a sua vida.
Esse fato está ficando cada vez mais presente na vida das pessoas, que passaram a assistir diversos programas ditos de ‘realidade’, dando início a uma série de criações – deixando no ar a idéia de que não estamos longe de um reality show monstruoso a esse ponto.
A minha impressão sobre a história é o temor de que a vida imite a arte e que o filme seja uma previsão dos monstruosos programas que teremos no futuro, tudo em busca de mais audiência, mais manipulação e, consequentemente, mais lucros nas mão de poucos representantes de tal sistema capitalista.
Foto: Divulgação